Nativos digitais e cultura digital: o caso Felipe Neto

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Nos últimos dias, a notícia sobre a pré-candidatura à presidência do influenciador digital Felipe Neto, movimentou a web e até a imprensa. O anúncio do influencer, tão querido pelos nativos digitais, trouxe à tona assuntos como a cultura digital na infância perigos e impactos.


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Entenda o caso: 

Como muitos previam, o comentado vídeo de Felipe Neto, cheio de referências e contradições à sua própria personalidade, não passava de uma grande jogada de marketing estratégica para chamar a atenção dos seguidores.


No dia seguinte ao anúncio, Felipe trouxe o real motivo do vídeo: uma crítica ao autoritarismo para divulgar o lançamento do audiobook da Audible, do clássico de George Orwell,1984.

Conhecido por ser uma grande influência para crianças e jovens, Felipe Neto se tornou uma personalidade e inspiração para os nativos digitais e fez parte da infância de muitos deles. 

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Brincadeiras e publicidades à parte, toda essa movimentação nos faz pensar sobre o papel da tecnologia na formação de um público que já nasceu conectado e que tem a web e as redes como principal fonte de informação. 


E apesar da conectividade ser um direito infantil, essa conexão intensa e precoce levanta questões importantes que merecem atenção das famílias e de toda a sociedade. 


Continue a leitura e saiba mais sobre a influência de criadores de conteúdo no universo infantil, o papel dos influenciadores mirins, e os cuidados que famílias e escolas precisam ter para garantir uma navegação segura e saudável no ambiente digital.


Neste artigo você vai ver:


  • O que é a cultura digital na infância e por que ela preocupa tanto?

  • O que é ser um nativo digital?

  • O que é influencer mirim?

  • Quais os perigos e impactos da cultura digital na infância?

  • Qual o papel da família na criação de nativos digitais?

foto de felipe neto publicada em seu instagram

Foto Reprodução: Instagram @felipeneto

O que é a cultura digital na infância e por que ela preocupa tanto?

A cultura digital na infância perigos e impactos se refere ao conjunto de práticas, hábitos e comportamentos que crianças desenvolvem ao interagir com tecnologias digitais desde muito cedo — como celulares, tablets, redes sociais e plataformas de vídeo. 

Essa exposição tão precoce molda o modo como as crianças aprendem, se comunicam, se divertem e até formam suas opiniões. Muito popular entre os pequenos e adolescentes, os conteúdos de Felipe Neto são apenas um exemplo da enorme variedade de informações que circulam no universo digital. 

É por isso que a cultura digital na primeira infância precisa ser filtrada e bem administrada entre os nativos digitais, para que os benefícios do ambiente online sejam potencializados — e os riscos, minimizados.

E embora a tecnologia ofereça inúmeras oportunidades de aprendizagem e criatividade, seu uso sem orientação pode trazer riscos como acesso à conteúdos inadequados, desinformação, cyberbullying e outros perigos que uma superexposição carrega. 

Por isso, compreender a cultura digital na infância perigos e impactos é fundamental para garantir uma experiência segura e equilibrada no mundo virtual.

O que é ser um nativo digital?

O termo nativos digitais se refere à geração de crianças e jovens que já nascem inseridos na tecnologia. Para eles, a internet, os smartphones, as redes sociais e os dispositivos eletrônicos sempre fizeram parte da vida — são quase como uma extensão do corpo e da rotina diária.

Ao contrário dos chamados “imigrantes digitais” — pessoas que precisaram se adaptar ao universo tecnológico ao longo da vida — os nativos digitais crescem dominando naturalmente o uso dessas ferramentas. 

Eles sabem usar um touchscreen antes mesmo de aprender a ler, assistem vídeos para aprender, se divertir e até se comunicar! Essa relação próxima com a tecnologia, no entanto, precisa ser acompanhada de perto por pais e responsáveis.

O uso saudável da tecnologia pode estimular o aprendizado, a criatividade e o senso crítico. Já o uso excessivo, sem supervisão, pode causar impactos negativos como isolamento social, dificuldades de concentração e exposição a conteúdos inadequados.

Quem são os nativos digitais? 

As gerações Z e, principalmente a Alpha, são consideradas nativos digitais porque cresceram (ou estão crescendo) em um ambiente totalmente moldado pela cultura digital na infância, o que exige atenção redobrada das famílias para equilibrar o acesso à tecnologia com o bem-estar emocional e social dos pequenos.


Geração

Ano de nascimento

Idade em 2025

Características principais

Geração Z

1997 – 2012

13 a 28 anos

Cresceram com redes sociais, multitarefas, hiperconectados

Geração Alpha

2013 – hoje

0 a 12 anos

Totalmente digitais, aprendem com telas desde a infância

O que é influencer mirim?

Se você já se deparou com esse termo — ou até ouviu do seu próprio filho o desejo de se tornar um influencer mirim — saiba que essa já é uma realidade entre muitas crianças. De acordo com uma pesquisa da Unicef, um terço dos usuários da internet são crianças e adolescentes.

Assim como entre os adultos, os pequenos também estão produzindo conteúdo para plataformas como YouTube, Instagram e TikTok. São os chamados influenciadores mirins, também conhecidos como digital influencers mirins ou youtubers mirins.

Na maioria das vezes, essa produção começa como uma simples brincadeira. No entanto, à medida que os vídeos ganham popularidade, o que era apenas diversão se transforma em uma rotina: gravações, agenda cheia, contratos e parcerias comerciais — o que levanta uma série de discussões sobre bem-estar, proteção e direitos da infância.

Apesar de existirem aplicativos e ferramentas de segurança voltados para o controle parental, o ambiente digital ainda não é totalmente seguro para crianças. Por isso, é fundamental que o trabalho infantil artístico seja regulamentado e protegido por legislação específica.

Quais os perigos e impactos da cultura digital na infância?

Como vimos, apesar de trazer oportunidades de aprendizado, a cultura digital na infância perigos e impactos também apresenta riscos sérios quando o uso da tecnologia não é monitorado e equilibrado.

duas meninas mexendo no celular

A seguir, listamos os principais perigos e impactos que merecem atenção das famílias:

  • Exposição a conteúdos inadequados: mesmo com filtros e configurações de segurança, muitas crianças acabam acessando vídeos, imagens ou mensagens com violência, linguagem imprópria ou desinformação.

  • Problemas de socialização: o excesso de tempo online pode limitar as interações presenciais, dificultando o desenvolvimento de habilidades sociais importantes como empatia, escuta ativa e convivência em grupo.

  • Hiperconectividade e vício em telas: a estimulação constante provocada por jogos, vídeos e redes sociais pode gerar dependência digital, afetando o sono, a concentração e até o rendimento escolar.

  • Influência de comportamentos não apropriados: crianças tendem a imitar o que veem, e influenciadores ou criadores de conteúdo podem acabar incentivando comportamentos agressivos, consumistas ou precoces.

  • Distorção da realidade e da autoestima: o contato diário com padrões idealizados nas redes pode gerar frustrações, inseguranças e dificuldades no desenvolvimento da autoimagem.

Qual o papel da família na criação de nativos digitais?

A cultura digital faz parte da infância atual e, por isso, não deve ser negada ou temida, mas sim compreendida, orientada e mediada com responsabilidade.

Como vimos, a repercussão da falsa pré-candidatura de Felipe Neto à presidência mostra como os criadores de conteúdo têm poder de mobilização, especialmente entre os mais jovens. 

Mais do que uma jogada de marketing, o caso levanta um alerta sobre a cultura digital na primeira infância e reforça a importância de preparar as novas gerações para navegar nesse universo com consciência e responsabilidade.

Nesse sentido, a mediação ativa é uma das práticas mais eficazes para garantir uma relação saudável com a tecnologia.

pai e mãe mexendo no notebook junto com os seus dois filhos no colo

Veja algumas atitudes que podem fazer a diferença:

  • Estabelecer limites de tempo de tela, criando momentos de desconexão e incentivando brincadeiras offline.

  • Conversar com as crianças sobre o que veem na internet, promovendo o pensamento crítico e a autonomia digital.

  • Oferecer alternativas saudáveis de conteúdo e apresentar influenciadores que estimulem a educação, empatia e criatividade.

  • Participar ativamente das redes e plataformas utilizadas pelos filhos, com diálogo aberto e sem julgamentos.

A cultura digital, como qualquer aspecto da educação, pode ser positiva ou negativa — tudo depende de como é conduzida no ambiente familiar e escolar.

E então, gostou desse conteúdo sobre a cultura digital na infância perigos e impactos e nativos digitais? Compartilhe com outras famílias que gostariam de saber mais sobre o tema e confira outros artigos do nosso blog. 

Educação de qualidade também começa no ambiente digital

O mundo digital já faz parte da rotina das crianças, e a escola tem um papel fundamental na formação de cidadãos críticos e preparados para essa realidade. 

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